Parte I – Uma viagem pela Great Ocean Road, Victoria, Austrália.

Por Fabio da Rosa, residente em Sydney/Austrália

Esta é uma viagem de 10 dias que eu e minha namorada fizemos no começo de 2016 e enquanto eu dirigia, ela anotava os pequenos pontos mais importantes em uma agenda que ela dizia que iria escrever depois todos os detalhes para ficar para a nossa história e para emprestar para nossos amigos que queiram fazer a viagem.

As anotações dela resultaram em mais de 25 páginas de sua agenda, e infelizmente até hoje não tivemos tempo de sentar e detalhar. Por isso, vou tentar resumir aqui estes principais pontos.

A viagem começa em Melbourne dos becos cheios de arte em grafitti, das ruazinhas estreitas onde os cafés se espremem um do lado do outro embaixo dos prédios antigos da cidade para atender aos turistas, dos inúmeros parques, entre eles Royal Botanic Gardens onde se pode gastar o dia inteiro para andar por tudo, fazer um pic-nic e conhecer a história dos colonizadores do país há apenas pouco mais de 200 anos atrás, sem falar nas opções de entretenimento na noite da cidade para todos os gostos. Ficamos 2 dias, alugamos um carro e partimos em direção à saída da cidade para a Great Ocean Road.

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Melbourne

Vale comentar que a partir daí, não tínhamos mais nenhuma acomodação reservada.  Sem pressa, sem stress!

Tínhamos duas opções de roteiro: ir pelo interior e deixar a beleza do litoral por último, ou o inverso. Os problemas são o tempo/pressa que você tem para a viagem e o cansaço de dirigir por mais de uma semana. Ao todo são quase 1.000 km rodados contando com as saídas das highways para visitar as cidades. Optamos então por aproveitar a empolgação da viagem e descemos pelo litoral para curtir a parte mais bonita da viagem.

A partir de Melbourne, as paradas obrigatórias são:

Bells Beach: a famosa praia onde se passa o final da história do filme Caçadores de Emoção (Point Break) da infância dos que tem mais de 30 como eu, e até hoje é o point dos surfistas na região.

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Bells Beach

Anglesea: onde entramos na cidade para visitar alguns parques onde os cangurus andam soltos e acabamos descobrindo que o melhor mesmo é ir aos campos de golf, pois é onde eles ficam mais a vontade por não ter tantos turistas por perto. É preciso ter muito cuidado ao dirigir nas ruas próximas aos campos de golf, porque as propriedades na Australia não tem cercas nem muros como no Brasil, então os animais andam soltos atravessando a rua toda hora.

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Anglesea e os cangurus

Split Point: visita à lighthouse, e um pouco mais a frente a um museu que conta a história da construção da Great Ocean Road.

Lorne: parada para almoçar e tirar fotos das paisagens na beira da estrada. Um dos melhores pontos para fotos de paisagens.

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Lorne

Wye River: um dos melhores pontos da viagem. É uma prainha muito, mais muito curta, que passamos por ela pois estávamos conversando e trocando as musicas do carro, e felizmente notamos no GPS e voltamos. Nesta meia-volta, eu avistei da estrada uma cabaninha com uma placa da cerveja Carton Draught no topo de um pequeno morro, mas no pé da estrada. E a melhor coisa que se faz nessas horas, é parar para conferir. Paramos, e ficamos 1 dia neste lugar, um pequeno hotel chamado Wye Beach Hotel com apenas 5 quartos, e tivemos a sorte de encontrar um vago. O hotel tem ainda um Pub acoplado à propriedade, onde tem um cardápio simples mas até que sofisticado, e cervejas locais.

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Wye Beach Hotel

O hotel tem apenas 5 quartos porque os donos abriram o Pub primeiro, e como na Australia todos os Pubs são hotéis (tem alguns quartos disponíveis para os viajantes ou para os que não tem condições de ir embora), eles resolveram construir os quartos de frente para o mar.

E a atração principal, é ver o nascer do sol sem levantar da cama! Me desculpem, mas para quem está lendo, esta parte é indescritível.

Aproveitamos que o check out era até as 14 horas, e decidimos curtir a praia quase que particular da pequena Wye River.

Kennett River: passando pela entrada da cidade, pela Great Ocean Road, vimos um monte de gente com seus carros, vans e micro-onibus parados. Obviamente, viramos o carro e voltamos pra ver o que era. E pra nossa surpresa, avistamos os Koalas selvagens soltos nas árvores, na beira da estrada.

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Kennett River e um Koala.

Cape Otway: parada para dar uma esticada nas pernas e andar pelos parques onde ficam as árvores de mais de 300 anos, mais velhas que a colonização do país.

A partir daí uma longa esticada fora do litoral até Twelve Apostles , um mirante de rochas no meio do mar que é um dos cartões postais do país e parada obrigatórias na viagem, e outra esticada pelo litoral, até Port Fairy, uma cidadezinha quase no final da Great Ocean Road, onde os moradores e as ruas ainda preservam o estilo dos anos 50, inclusive com carros antigos, portas dos bares como dos filmes do chamado “velho oeste americano”, os longos telhados até a rua, e os proprietários com seus bigodões e cavanhaques grisalhos e mal aparados dando um show de hospitalidade e simpatia em seus estabelecimentos.

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Twelve Apostles
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Port Fairy

Saímos de Port Fairy no início do 5° dia em direção ao Grampians National Park, o principal ponto para a prática de “climbing sports” no país, e deixamos a Great Ocean Road. A partir daqui, é uma outra viagem pelo interior de Victoria, onde visitamos os parques nacionais em Halls Gap, conhecemos o interior e um pouco mais a fundo a cultura do país em Ararat, passamos por cidades como Ballarat e Geelong onde foram filmados outros filmes famosos como a trilogia Mad Max da década de 80, e retornamos para Melbourne para mais uma noite, mais um pic-nic, mais uma festa no rooftop do hostel que ficamos no último dia e retornamos para Sydney de avião.

Mas esta segunda parte, vai ficar para o próximo post!

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